02/SETEMBRO
Olá crianças e famílias!
Aproveitem esse vídeo escolhido com muito carinho para todos vocês.
Um forte abraço!!!
BEBÊS
BERÇÁRIO
PINTURA COM TINTA NATURAL DE BETERRABA
Materiais:
2 beterrabas médias
100 ml de água
Liquidificador (para bater a beterraba)
Peneira
Prato ou recipiente de plástico
Pincéis, broxas, escova de dentes sem uso, etc.
Papel ou caixa de papelão
Construção:
O preparo deve ser antecipado pelo adulto, mas é interessante convidar a criança para observar e participar do processo de forma segura.
Lave bem as beterrabas, corte em pedaços pequenos e bata no liquidificador com a água, até triturar bem.
Passe a beterraba batida na peneira e armazene o caldo em um recipiente.
Dica: Para deixar a tinta com uma textura grossa, você pode levar o caldo obtido ao fogo com uma colher de chá de amido de milho diluído em um pouco de água. Fica uma textura maravilhosa e um cheiro super gostoso!
Disponibilize a tinta para a criança num prato ou recipiente de plástico. Forre o chão ou a parede com papel para a criança produzir suas marcas gráficas. Você pode também utilizar caixas de papelão para a criança pintar.
Pincéis, broxas, escova de dente sem uso ou esponjas são ferramentas possíveis para esta proposta. Permita que a criança explore livremente com as mãos.
Para as crianças com algum comprometimento motor ou não verbais (TEA- Transtorno do Espectro Autista), com o intuito de tornar esse momento ainda mais prazeroso, é recomendável que o adulto cole uma quantidade suficiente de papel branco (cartolina ou papel A4) para forrar a mesa onde as crianças desenvolverão a pintura. Outra possibilidade é colar as folhas brancas no chão, oportunizando que as crianças cadeirantes e/ou com deficiência visual pintem sentadas sobre o papel, permitindo o contato com essa textura diferente e, ao mesmo tempo, saborosa. A intenção é estimular a manipulação da tinta e, aos poucos, o adulto pode oferecer as ferramentas para ampliar suas experiências. Sugere-se vestir uma camiseta velha, para garantir que esses pequenos artistas possam pintar à vontade.
O adulto deve narrar todas as etapas da proposta, contando do que é feita a tinta, colocando a própria mão dentro do pote e pintando sobre a folha branca, para que a criança possa visualizar a ação e entender o que será feito. Em seguida, oferecer à criança a tinta de beterraba num pote grande, em que ela possa colocar as mãos, sentir a textura, pegar e provar o sabor (se quiser).
É essencial que o adulto respeite o tempo de exploração de cada criança, considerando que algumas podem ficar mais à vontade para colocar as mãos e sentir a tinta e outras podem apenas querer observar ou aguardar um momento até sentirem-se seguras para participar da pintura proposta.
É importante valorizar o trabalho artístico da criança, expondo a sua produção em algum espaço, onde a própria criança e a família possam visualizar o que foi realizado.
QUE CHEIRINHO É ESSE?
As ervas aromáticas podem proporcionar experiências com novos aromas, estimulando o sentido do olfato. Elas podem ser encontradas nos supermercados ou podem ser cultivadas em vasos, no jardim de casa.
Materiais:
Camomila
Erva-doce
Capim-cidreira
Chá mate
Hortelã
Manjericão
Gengibre
Alecrim
Um retalho de tecido ou saquinho de TNT
Fita, barbante ou tira de tecido
Cestos de alumínio, plástico, vime ou caixas de papelão
Construção:
Colocar uma porção de ervas no tecido ou saquinho, amarrando bem. Feito isso, é importante que os sachês sejam colocados no recipiente escolhido, próximos ao bebê.
A supervisão do adulto é importante para auxiliar o bebê durante a proposta. Para crianças com algum comprometimento motor, o adulto irá preparar o ambiente e oportunizar que manuseiem os saquinhos/sachês disponibilizados. Permita que explorem bastante, pois isso contribuirá para aquisição da coordenação motora, do equilíbrio e do conhecimento corporal.
Para as crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista e outras deficiências), o adulto pode explicar o passo a passo da proposta utilizando comandos curtos e objetivos e antecipando o que irá acontecer em determinados momentos.
Essa ação beneficia as crianças com TEA, que compreendem melhor o que irá acontecer e são motivadas a envolverem-se mais na proposta.
Para brincar e estimular a brincadeira com as crianças que têm deficiência visual, podemos incluir a orientação verbal, fazendo narrativas com timbre suave e acolhedor da voz do adulto, para que a criança siga em direção ao som da voz. É possível também acrescentar nos saquinhos chocalhos, guizos ou miniaturas de brinquedos sonoros, além das ervas citadas acima. Se houver necessidade, o adulto pode colocar a sua mão em cima da mão da criança, auxiliando no que for necessário. Fique de olho para garantir a segurança, mas permita que a criança explore livremente os itens disponibilizados.
ACALANTOS
Acalantos ou cantigas de ninar (como são conhecidas popularmente) são canções muito utilizadas para acalmar e adormecer as crianças, geralmente acompanhadas com o ato de embalar o sono.
Essas canções promovem uma conexão afetiva que entrelaça os ritmos do corpo do bebê e do adulto. Como nos diz Lydia Hortélio, grande pesquisadora da cultura da infância, os acalantos nutrem o bebê assim como o leite materno. Eles são a língua materna cantada e inserem o bebê no mundo e em nossa cultura.
No Brasil existem muitos acalantos que são cantados em todas as regiões do país e de diferentes formas, com variações nas letras, ritmos e melodias.
Dentro desse repertório imenso de canções selecionamos algumas sugestões:
Boi da cara preta / Boi do Piauí
Nana nenê
Terezinha de Jesus
Se essa rua fosse minha
Brilha, brilha estrelinha
Acesse as três primeiras músicas:
BOI DA CARA PRETA
NANA NENÉ
TEREZINHA DE JESUS
Para as crianças com deficiência auditiva, o adulto pode gentilmente encorajar a participação, acompanhando o ritmo usando o bater de mãos e pés, pois as crianças respondem a ritmos e pulsos naturalmente, desde bem pequenas. Use gestos claros e simples para estabelecer a comunicação, privilegiando o contato visual e as expressões faciais para se conectar com o bebê.
No caso de algumas crianças não verbais (TEA - Transtorno do Espectro Autista e com outras deficiências), o adulto deve respeitar seu tempo de observação e sua aceitação para a escuta.
Fazemos aqui o convite para que vocês possam realizar esse resgate dos acalantos que fazem parte de suas memórias de infância. É muito importante que os bebês possam ter contato com esses tesouros da nossa cultura.
CRIANÇAS BEM PEQUENAS
GRUPO 1 • GRUPO 2 • GRUPO 3
DESAFIO DO PAPEL
Materiais:
Rolo de papel higiênico
Superfície lisa
Um objeto pequeno, à sua escolha ( brinquedos pequenos, chave, colher, pregador de roupa, borracha, etc)
Construção:
Estender um rolo de papel higiênico de uma ponta a outra de uma superfície lisa (uma mesa, por exemplo). A criança deverá se posicionar de um lado da mesa e na outra extremidade colocar um objeto em cima da ponta do papel. Este objeto escolhido será puxado lentamente, até se aproximar do participante.
As crianças que apresentam algum comprometimento, inclusive motor, podem participar do seu jeito e os adultos devem respeitar o tempo e necessidades de cada uma, deixando-as simplesmente explorarem os materiais. Elas devem ser incluídas na brincadeira, com o adulto fazendo as ações junto com ela.
Para as crianças que possuem algum comprometimento visual, dar preferência a objetos que, ao puxar o papel, emitam sons. Pode-se costurar guizos no objeto e, se necessário, utilizar objetos com "cores vibrantes", com luzes e até mesmo fluorescentes, facilitando o direcionamento visual da criança.
AREIA MOVEDIÇA
Materiais:
1 xícara de amido de milho;
2 colheres de sopa de condicionador de cabelo;
Corante alimentício, tinta guache ou cola colorida;
Recipiente para misturar os ingredientes.
Construção:
Preparar o ambiente, se for possível em um espaço externo, para que a criança brinque livremente.
Forre o chão com jornal ou plástico. Coloque o material organizado em cima do espaço forrado. Convide a criança a colocar no recipiente o amido de milho e o condicionador, misturando com as mãos, explorando as diferentes texturas e temperaturas. Enquanto ela explora, converse sobre essas diferenças.
O ponto da areia pode ser mais mole ou mais firme, de acordo com a quantidade de cada ingrediente. Se quiser mais firme, acrescente mais amido, se quiser mais fluido, acrescente mais condicionador. Explore com a criança todas as possibilidades que os ingredientes oferecem, deixe soprar o amido, afundar a mão na massa e brincar com o condicionador.
Permita que a criança escolha as cores desejadas, possibilitando que ela as misture e se surpreenda com as diferentes combinações. Deixe-a livre para escolher como brincar com a areia, mas sob supervisão constante do adulto.
TELEFONE DE COPO
Materiais:
Barbante ou lã (2 metros ou mais)
Dois copos de plástico (descartáveis, como pote de iogurte ou outro recipiente reciclável)
Tesoura
Construção:
O adulto deve fazer um furo no centro da base do copo, utilizando uma tesoura. Faça um nó em uma das pontas do barbante e o passe pelo buraco central de um dos copos. Passe a outra ponta do barbante no outro copo e finalize com um nó.
Após a construção, convide um familiar para conversar com você pelo copo. Cada um deve segurar um dos copos e se afastar o máximo possível, esticando o fio. Sugestão: pintar a lã com giz de cera ou com a cera de uma vela apagada, com o objetivo de alterar o som emitido durante a brincadeira.
As crianças que apresentam algum comprometimento motor podem participar do seu jeito com auxílio de um adulto, respeitando seu tempo, suas preferências e suas habilidades. Para crianças não verbais, o adulto pode dar voz às ações dos pequenos e ser modelo, incentivando sua comunicação.
CRIANÇAS PEQUENAS
GRUPO 4 • GRUPO 5
CRIANDO E FAZENDO TIE DYE
Materiais:
Peças de roupas usadas (camiseta, calça, blusa de moletom, bermuda)
Tecidos, retalhos, pedaços de pano, lenço, máscara facial
Barbantes ou elásticos
Tinta de tecido, guache, anilina ou corante
Água
Copo (ou outro recipiente para colocar a tinta)
Plástico para forrar a mesa
Construção:
Que tal fazer uma transformação naquela roupa que está guardada no armário e a criançada não usa mais? Ou apenas brincar com as cores em um pedaço de pano? E como estamos usando máscaras faciais para nos proteger, que tal produzir uma bem colorida e diferente?
Já pensou que legal poder tingir os tecidos de diversas maneiras? Essa técnica de pintura tem um nome bem diferente, chama-se Tie dye. Vocês já ouviram falar? Quem não gosta de brincar com tintas, não é mesmo? Então vamos descobrir como fazer estes efeitos incríveis com as cores! Não esqueça que é importante ter ajuda de um adulto.
Assista ao vídeo e aprenda a fazer com o nosso passo a passo, é muito simples e divertido!
Pensando nas crianças não verbais (TEA-Transtorno do Espectro Autista ou com algum comprometimento motor), para tornar essa ocasião ainda mais prazerosa orientamos que a narrativa do adulto é essencial, explicando o passo a passo da proposta, questionando qual a cor que a criança escolherá, contextualizando a proposta e suas etapas. Um exemplo: “Eu prefiro usar duas cores, e você?”.
Pegar o pote de tinta e pintar sobre a camiseta branca, para que a própria criança possa visualizar e entender o que será feito. Defina o local onde a proposta será realizada e, se for na mesa, sugerimos que o adulto forre-a com um plástico grande. Outra possibilidade é abrir esse mesmo plástico no chão, oportunizando que as crianças cadeirantes e/ou com deficiência visual pintem sentadas ao seu redor, aproximando o contato da criança com a textura da tinta e do toque do tecido. Em seguida, ofereça a tinta em um pote maior, para que a criança possa colocar as mãos, sentir a textura, pegar e experimentar do seu jeito (sozinha). Que tal vestir na criança uma camiseta velha, emprestada do papai ou da mamãe, para garantir que esses pequenos artistas possam pintar e se sujar à vontade?
Para que todos e todas participem, é importante considerar as habilidades e os ritmos de cada um, adaptando a proposta de acordo com a necessidade específica da criança. O adulto observa e decide, junto com a criança, qual é a melhor forma de todos participarem.
Dicas:
Além do espiral você pode fazer várias amarras no tecido todo ou só nas pontas, colocando cores diferentes em cada pedaço do pano.
Você pode também fazer em uma máscara, amassando o tecido da forma que quiser, prendendo com os elásticos ou barbantes e depois pintando cada pedaço de uma cor. A supervisão do adulto durante todo o procedimento é essencial, pois essa tinta não pode ser levada à boca.
Você pode usar a camiseta e a máscara e também guardar uma foto da arte realizada, como recordação.
É uma proposta para fazer junto com a família, cada um usando a sua criatividade. O mais importante é todos se divertirem juntos!
JOGO DAS CORES
Materiais:
Papel Color set, cartolina, sulfite ou tapete de EVA nas seguintes cores: vermelho, amarelo, verde e azul. Caso disponha somente do papel branco, você poderá colorir com lápis de cor, giz de cera ou tinta guache
Aparelho eletrônico (tv, celular ou tablet)
Fita Crepe ou fita adesiva
Construção:
Corte os papéis no tamanho de uma sulfite. Posicioná-los no chão, próximo ao aparelho de som que será utilizado para realizar a proposta. Em seguida,coloque duas cores na frente e duas atrás. Não se esqueça de prender as laterais com fita crepe ou durex, para que a criança não escorregue ao saltar nas cores correspondentes.
A criança pode fazer uma lista com os nomes dos familiares participantes (com ou sem apoio de um adulto como escriba) para anotar os pontos ao longo da brincadeira. Essa marcação pode ser convencional (numérica) ou não (com riscos, bolinhas, etc.). Ganha quem acertar mais cores, com agilidade nos movimentos, e quem conseguir chegar ao nível 4, seguindo o comando do vídeo.
A criança com comprometimento motor, que faz uso de cadeira de rodas e que já a conduz, poderá se posicionar no local correspondente às cores.
Para as crianças que ainda não conduzem a cadeira de rodas de maneira autônoma, o adulto pode auxiliar levando-a durante a brincadeira.
Outras possibilidades são: o adulto colocar a criança no chão para que ela se direcione para a cor correspondente, à sua maneira ou, se necessário, apresentar as cores em folhas de tamanho menor, posicionando-as à frente da criança, permitindo que o movimento solicitado seja bater a mão ou algum objeto em cima da folha correspondente ao comando.
Crianças com transtorno do espectro autista (TEA) podem apresentar dificuldade em seguir os comandos. Caso isso aconteça, como sugestão, apresente a proposta com a ajuda necessária, verbalizando os comandos de forma simples. O adulto pode fazer o movimento primeiro para que a criança possa ter um modelo e assim, se necessário, pule com a criança, reforce positivamente a ação, estimulando-a para que participe da brincadeira. Outra sugestão é permitir que a criança apresente a cor solicitada como preferir, com o uso de objetos para dispor em cima das cores, batendo com as mãos ou apenas pisando nas cores indicadas.
Aumentar o contraste favorece a percepção visual da criança com baixa visão. Use o contraste preto e branco para criar uma moldura nas cores a serem trabalhadas (utilize os materiais que tiverem em casa para criar a moldura) ou faça uso de cores vibrantes. No caso de crianças com deficiência visual, o trabalho de reconhecimento das cores se faz por meio de associação, ou seja, interligar a cor ao tato. Sendo assim, segue uma sugestão para apresentar a cor de forma tátil: faça um coração para representar a cor vermelha, um sol para a cor amarela, para o branco faça uma nuvem de algodão, para o verde faça uma folha (você pode fazer recortes dessas formas em EVA e colar em uma cartolina). Assim, a criança pode associar as cores e compreendê-las. Deixe a criança explorar os cartões e suas posições (frente e atrás), dando o tempo necessário para que a criança memorize sua disposição e então comece a diversão.
ROUBA MONTE
Materiais:
Baralho (a quantidade de cartas de baralho depende do número de participantes)
Telefone celular, filmadora ou câmera digital para o registro
Papel e giz de cera ou canetas, caso queiram registrar com um desenho
Construção:
Pegue 1 caixa de baralho e, antes de iniciar o jogo, retire as cartas que não serão utilizadas J, Q, K e os coringas. A letra A será referente ao número 1.
Escolha um local tranquilo da casa para realizar a brincadeira.
Distribua a mesma quantidade de cartas para cada participante e explique as regras.
Variação:
Pode-se iniciar com uma sequência numérica de intervalo menor, por exemplo de 1 a 5, e ir aumentando gradativamente até chegar de 1 a 10. Para isso, separe o baralho com a sequência de cartas que será usada na brincadeira.
Flexibilização: No caso de algumas crianças não verbais (TEA – Transtorno do Espectro Autista e outras deficiências), o adulto pode atuar junto nas brincadeiras, dando significado às ações das crianças, sendo a voz delas e/ou reproduzindo oralmente o que estão fazendo naquele momento.
Como estratégia para as crianças com algum comprometimento motor, é importante a presença bem próxima do adulto, auxiliando no manuseio das cartas, incentivando a seleção delas e encorajando os pequenos a fazerem do seu jeito.
Para crianças com baixa visão, você pode usar o jogo "Uno" que possui cores mais fortes. Neste caso, serão utilizadas as cartas de 1 a 9, devendo retirar as demais cartas do jogo. Assim, no momento do jogo, os participantes deverão recitar a sequência somente de 1 a 9. Este jogo também pode ser encontrado em braile.
Outra opção é confeccionar cartas com cores mais contrastantes ou apenas números, usando, por exemplo, papel amarelo para as cartas e colando os números feitos com papel preto, criando um contraste. O jogo pode ser narrado para crianças deficientes visuais, possibilitando que ela bata na carta conforme perceba o momento certo dentro da proposta.
Benefícios:
Os jogos que envolvem a sequência numérica são perfeitos para desenvolver a memória, o raciocínio, a atenção e a concentração. Rouba Monte é um jogo com cartas muito simples e fácil. Além de se divertir, a criança vai interagir de uma maneira prazerosa.
Registro:
Sugerimos que as famílias registrem o jogo utilizando um dos meios a seguir: fotografias, vídeos, relatos das crianças por escrito (adulto escriba) ou desenho.