19/AGOSTO
Olá crianças e famílias!
O que cada um de nós está bordando em seu tecido nesses tempos de isolamento?
Esse bordado ficará marcado para sempre, por isso precisamos tecê-lo com alegria, coragem, paciência e muito amor.
E estar com as crianças… faz o tempo e o amor transbordar!
BEBÊS
BERÇÁRIO
LIVROS E BEBÊS? SIM, É POSSÍVEL ESTA CONEXÃO
Materiais:
um espaço aconchegante; se possível, com almofadas e tecidos
livros adequados para a faixa etária - podem ser de plástico ou emborrachados, de pano, cartonados (os que têm páginas mais resistentes), com dedoches, sonoros, com pop-up (aqueles que têm figuras tridimensionais em suas páginas) e com texturas. Outros tipos de livros menos resistentes também são recomendados, mas requerem mais atenção, já que bebês e crianças pequenas exploram o mundo pela boca, podendo rasgá-lo e mastigar um pedaço.
Construção:
Pensando em criar um ambiente acolhedor e aconchegante, forre o chão com tecido (que pode ser uma colcha ou um edredom) e espalhe algumas almofadas. A ambientação fica a seu critério, portanto, pode usar a imaginação e criatividade!
Coloque alguns livros espalhados no chão ou dentro de um cesto grande. É importante que eles possam ser manipulados e explorados com segurança
pelos bebês.
Para bebês com deficiência visual, além da leitura habitual, deixe a criança tocar no livro. Outra dica interessante para despertar a curiosidade e atenção neste momento é utilizar livros com texturas, musicais e com elementos tridimensionais. A entonação de voz e o ritmo da leitura realizada pelo adulto, contribuem para a compreensão e os pequenos começam a identificar mudanças de personagens e diferentes contextos trazidos pela história. Descrever o cenário apresentado em cada página (cor, formas, entre outros) traz mais informações sobre o que a criança está ouvindo e amplia o seu repertório cultural.
Desenvolvimento e benefícios:
No primeiro ano de vida, a relação entre comunicação e afetividade são essenciais para o bebê, pois o pequeno apropria-se do mundo e das relações com o outro, e o convívio se concretiza através do colo que aconchega e acalenta, pelos gestos e olhares que envolvem e cativam, pela percepção de tom e ritmo da voz que se escuta. Por isso, não só o contato com os livros, mas também ouvir histórias com imagens e narrativas de qualidade devem fazer parte da rotina de bebês e crianças.
Entre os benefícios da leitura desde muito cedo estão:
Desenvolvimento da oralidade
Favorecimento do imaginário e criatividade da criança
Capacidade gradual de concentração e atenção
Gosto pela leitura
É importante lembrar que seu bebê ou mesmo crianças um pouco maiores provavelmente não ficarão parados ouvindo a história. Isso não quer dizer que não estejam prestando atenção, portanto, não desanime e entenda que essa necessidade de movimentar-se faz parte da faixa etária.
Para auxiliar, dê uma olhada nestas 10 dicas de livros que selecionamos para que vocês possam desfrutar desse momento tão prazeroso e importante em família:
GELATINA SENSORIAL - OBJETOS ESCONDIDOS NA GELATINA
O mundo em que os seres bem pequenos habitam é novo para eles e, neste momento, tudo que lhes oferecemos é objeto de investigação e pesquisa. Os bebês exploram e descobrem muitas coisas a cada dia. Fortalecer este processo, ofertando objetos cujas texturas e estruturas são diferentes dos “brinquedos comprados”, possibilitará uma experiência rica e proveitosa.
Materiais:
duas gelatinas de sua preferência (do mesmo sabor)
uma bandeja ou forma de alumínio retangular
objetos que apresentem texturas e formatos diversos, como colheres de diferentes medidas, forminhas de empadas, pincéis de silicone, espátulas, canudos, carretéis de linha, rolhas, entre outros.
Construção:
Preparar a gelatina de acordo com as instruções da embalagem e colocá-la na bandeja (ou forma). Dispor os objetos dentro do recipiente antes que ela endureça. Deixe gelar até que esta primeira camada de gelatina esteja firme.
Preparar outra gelatina e colocar sobre aquela que já deve estar endurecida. Este processo fará com que os objetos não fiquem expostos, pois do contrário alguns deles, como rolhas ou colheres leves, boiarão.
FORMANDO PARES
MATERIAL:
Podem-se usar materiais diversos que tenham relação entre si. A sugestão nessa proposta é a utilização de pares de meias.
CONSTRUÇÃO/DESENVOLVIMENTO:
As meias podem ser expostas no chão ou em uma mesa, todas misturadas. Escolher uma meia e pedir para a criança localizar o seu par. É natural que a criança pegue qualquer uma das meias em um primeiro momento. Caso isso ocorra, mostrar à criança o par correto enfatizando as cores, tamanho ou desenhos. Dessa forma, a criança irá se apropriando das características e diferenças entre os pares, podendo reconhecê-las e associá-las.
Para as crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista e com outras deficiências), deixar as meias com acesso livre para que ela possa olhar, explorar e observar. Caso ela queira somente observar, é importante respeitar as suas preferências. A presença do adulto é fundamental, auxiliando na verbalização das características relacionadas ao tamanho, cor,etc. O adulto deve incentivar a exploração livre da criança.
Para crianças com deficiência visual, o adulto pode narrar toda a proposta e convidar a criança a fazer explorações com as meias, fazendo a descrição de tudo que foi exposto ( temos uma lisa ou desenhada, grande ou pequena, etc.). É importante deixar que a própria criança manuseie o material.
Como estratégia para crianças que tenham algum comprometimento motor, o adulto pode atuar na realização da atividade como apoio nos movimentos, permitindo que ela interaja dentro de suas possibilidades.
CRIANÇAS BEM PEQUENAS
GRUPO 1 • GRUPO 2 • GRUPO 3
JOGO DA MEMÓRIA DE SONS
Material
8 a 16 potes (o importante é que todos tenham o mesmo tamanho e formato)
Cola quente, cola branca ou fita adesiva
Tesoura
Arroz
Feijão
Moedas
Algodão
Papel ou papelão
Você poderá substituir os potes de iogurte por potes plásticos com tampas, garrafinhas ou latas. O importante é que a criança não consiga ver os materiais colocados dentro dos frascos.
Construção
Para o desenvolvimento desta proposta, é necessário formar pares de sons. Assim, para a confecção do jogo, prepare pares de potes com os mesmos materiais.
Preencha cada pote com a mesma quantidade de cada um dos materiais sugeridos (arroz, feijão, algodão ou moedas). Não é necessário colocar uma quantidade grande, apenas manter a mesma quantidade entre os potes dos pares.
Tampe-os de forma segura, certificando-se que as crianças não conseguirão abrí-los.
Permita, na medida do possível, que as crianças auxiliem na confecção do jogo.
Por conter partes pequenas, é importante que esta proposta seja realizada sob a supervisão constante de um adulto.
De acordo com as habilidades da criança, o número de potes pode ser ampliado, enriquecendo a experiência. Apenas preste atenção para que os materiais usados para o preenchimento (grãos, sementes, clips) sejam diferentes entre si.
Para as crianças que apresentam alguma deficiência auditiva, confeccione pares de potes com quantidades diferentes ( por exemplo, um par de potes do 3 grãos de feijão e outro par de potes com 2 colheres de grãos de arroz), para que a criança perceba as diferenças através das vibrações e/ou peso dos materiais.
EXPLORANDO A NATUREZA
Materiais:
elementos naturais: flores, galhos, folhas, pedras, cascas de frutas, sementes, grãos, conchas
caneta, lápis ou giz de cera
folhas grandes (cartolina, papel pardo, papelão ou qualquer outro papel)
Construção:
Que tal procurar elementos da natureza? Fora de casa é possível recolher gravetos, folhas, flores, pedras e o que mais chamar a atenção da criança e que esteja solto na natureza . Se não houver essa possibilidade, dentro de casa também é possível encontrar muitos elementos como cascas de frutas, sementes e grãos. O adulto pode apoiar as crianças nessa procura, dando dicas, mostrando figuras dos elementos ou até mesmo fazendo junto.
Uma alternativa para dar mais autonomia à criança é colocar um pedaço de fita adesiva atrás de cada elemento da natureza encontrado, permitindo que ela cole no papel da forma que quiser.
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA – “A CIGARRA E A FORMIGA”
Por meio das histórias, a criança amplia sua criatividade ao imaginar os cenários, as personagens e todo o contexto da história. Além disso, desenvolve a oralidade, pois a criança entra em contato com novas palavras e diferentes formas de expressão oral.
Ao contar uma história para as crianças, é importante que o adulto crie diferentes vozes, utilize objetos que possam representar elementos ou personagens, fazendo com que a criança tenha um interesse que vai além da história em si. O importante é que a criança possa se envolver naquele momento e viajar na imaginação.
A contação de histórias também pode ser um momento em família em que os vínculos podem ser fortalecidos. Quando um membro da família conta uma história para uma criança, permite que ela crie lembranças afetivas, além dos benefícios já citados para seu desenvolvimento.
CRIANÇAS PEQUENAS
GRUPO 4 • GRUPO 5
JOGO DA MEMÓRIA DOS NOMES
Material:
papel (cartolina, cartão, canson ou outro papel que seja resistente)
tesoura
caneta, canetinha ou lápis
Construção:
Antes de iniciar, conversar com a criança sobre a brincadeira que será realizada. Pedir a ajuda da criança para juntos prepararem os materiais necessários.
Para a construção dos cartões de nome, os papéis devem ser cortados do mesmo tamanho, mantendo um único padrão. O nome de cada membro da família deverá ser escrito em dois cartões. A escrita dos nomes poderá ser realizada pelo adulto ou pela criança, com o apoio de um modelo escrito pelo adulto (se for o caso). A escrita dos nomes deverá ser realizada com letras maiúsculas, como as crianças utilizam na escola. Por exemplo: MARIA, CLARA, PEDRO, FELIPE.
Recursos flexibilizados favorecem o aprendizado para todos os alunos e devem ser realizados conforme a necessidade de cada criança. A criança com autismo, por exemplo, precisa entender o que deve fazer antes de ser colocada na situação de brincar e ter a mediação do adulto, sempre que necessário.
Organize um espaço para a brincadeira, oriente a criança a organizar as cartelas sobre a mesa e embaralhá-las. Combine com ela a ordem da jogada e explique à criança que é preciso encontrar as duas cartelas correspondentes, formando um par.
Para que a proposta seja acessível para todas as crianças pode-se confeccionar cartões com foto do familiar para que ela relacione a imagem à escrita do nome. É possível também utilizar outros materiais que despertem a atenção, como por exemplo: confeccionar os cartões com letras móveis (alto-relevo), utilizar papéis (suporte) com texturas diferenciadas para cada nome, permitindo que a criança manuseie os cartões e encontre os iguais a partir do tato (sensorial). O adulto deve antecipar o que vai acontecer durante o jogo e servir de modelo para os pequenos. É importante observar as reações das crianças para utilizar diferentes recursos, possibilitando a participação efetiva de todos. Crianças com comprometimento motor podem solicitar o apoio do adulto se necessário.
JOGO QUEIMADA COM TAMPINHAS DE GARRAFA PET
MATERIAL:
10 Tampinhas de garrafa pet azul*
10 tampinhas de garrafa pet vermelha*
01 tampinha de garrafa pet de cor diferente das usadas para as equipes
fita crepe ou durex colorido
Obs.: * Você poderá escolher as cores que serão utilizadas para formar as equipes, de acordo com as tampinhas que tiver em casa.
CONSTRUÇÃO:
Com a fita ou durex, faça a marcação no chão dos dois campos, com o mesmo tamanho
Separe dez tampinhas para cada equipe
01 tampinha será utilizada como bola
OBS: As tampinhas das equipes representam os jogadores.
DESENVOLVIMENTO:
Distribua os jogadores pelo campo, estrategicamente. Posicione a bola sempre em cima da linha que divide o campo ao meio. O desafio é eliminar os jogadores da equipe adversária dando um peteleco na bola com força suficiente para atingi-lo e fazendo com que se desloque do lugar. O participante deverá jogar novamente toda vez que atingir um jogador adversário. Caso o jogador adversário não seja atingido, o participante deverá passar a vez. Ganha quem acertar todos os jogadores adversários primeiro.
VARIAÇÃO:
Numere as tampinhas de 1 até 10. O participante deverá ler em voz alta o número do jogador adversário atingido.
Numere as tampinhas de 1 até 10. O participante deverá atingir os jogadores adversários seguindo a ordem numérica crescente.
Numere as tampinhas de 1 até 10. O participante deverá atingir os jogadores adversários seguindo a ordem numérica decrescente e recitar os números ao atingí-los.
As tampinhas poderão ser numeradas de 10 em 10, de 5 em 5, de 2 em 2.
Benefícios:
Este jogo possibilita o desenvolvimento do raciocínio lógico ao refletir sobre a melhor forma de posicionar os jogadores para dificultar o jogo para o adversário (antecipação estratégica). Desenvolve também noção de espaço, distância, força nos dedos, deslocamento do corpo, antecipação de jogadas e antecipação da trajetória dos jogadores ao serem atingidos. Contribui, ainda, para o reconhecimento dos números e sua escrita convencional, na sequência ou com diferentes intervalos.
REGISTRO:
Vamos registrar no papel as tampinhas que foram atingidas?
Quantas tampinhas você acertou?
Orientações:
Organizar papel e lápis ou caneta
Deixar que a criança escreva os números por si mesma
Oferecer uma folha de calendário ou um quadro numérico como apoio para pesquisa dos números.
Aceitar que a criança escreva do seu jeito, lembrando que ela está se apropriando da forma convencional da escrita dos números.
Para que todas as crianças tenham acesso a essa brincadeira, podemos utilizar outros recursos (materiais) na confecção do jogo. Pode-se pensar em um tabuleiro maior, onde a tampinha pode ser substituída por potes, tampas maiores (tampa de Toddy, por exemplo), cones ou garrafas pet cortadas na altura do gargalo, para que a criança possa segurar e impulsionar para acertar o alvo desejado de acordo com suas habilidades. O adulto pode pensar em algum objeto que auxilie a criança na hora da jogada ou até mesmo fazer junto.
Para crianças com deficiência visual, sugerimos tampinhas ou utensílios adaptados com cores contrastantes (preto e branco, preto e laranja) . A base para o jogo(chão ou mesa) não deve ofuscar a visualização durante o brincar. Observar atentamente a criança e perceber a melhor posição e contraste, proporcionando maior conforto e participação durante a brincadeira.
ELEFANTE COLORIDO
Materiais:
caixas (podem ser de sapato ou outras), bacias plásticas, baldes ou potes grandes, nas cores dos objetos que as crianças procurarão.
objetos (nas cores dos recipientes escolhidos) disponíveis em casa: potes diversos, jogos de encaixe, bolas, brinquedos variados, riscadores, roupas, etc.
suporte para a criança registrar, como sulfite, cartolinas, folhas coloridas, papelão
riscadores: lápis de cor ou grafite, canetinha,etc.
Construção:
Separe e espalhe os objetos pela casa, para que as crianças possam encontrá-los com facilidade. Colocar em uma parede ou no chão, o suporte disponível para a criança registrar os números após a contagem.
Desenvolvimento:
Explique a brincadeira para as crianças, dizendo que quando o adulto falar: “Elefante Colorido!”, a criança responde: “Que cor?”. O adulto fala a cor (por exemplo, azul) e as crianças irão procurar pela casa somente objetos dessa cor, para colocá-los no recipiente correspondente. Em seguida, o adulto pede uma outra cor e os participantes procuram novamente, procedendo desta maneira até colocarem todos os objetos em seus respectivos lugares.
No final da proposta, o adulto deve pedir que realizem a contagem dos objetos de cada cor e que registrem a quantidade de maneira convencional ou não, do modo deles.
Para as crianças não verbais (Transtorno do Espectro Autista), sugerimos, antes de iniciar a brincadeira, explicar o passo a passo, utilizando comandos curtos e objetivos. Aproveite para contextualizar e apresentar os objetos que serão utilizados. É importante o adulto ser modelo para que a criança compreenda de forma concreta a brincadeira.
Pensando nas crianças com algum comprometimento motor ou deficiência visual, podem participar de mãos dadas com um adulto ou outra criança maior, garantindo assim a interação e a diversão com segurança. A família pode adaptar os materiais de acordo com a especificidade da criança, incentivando-a na escolha dos objetos/brinquedos, orientando-a e supervisionando-as no passo a passo da brincadeira. Sempre que possível, optar por objetos com poucos detalhes, cores vivas e contornos bem definidos.
Benefícios:
Através dessa brincadeira, as crianças irão contar objetos e realizar o registro dos pontos, entrando em contato com os números e relacionando e comparando quantidades.
Registro:
Vamos contar quantos objetos tem em cada recipiente e anotar, para saber onde tem mais ou menos?
Se necessário, o adulto poderá ajudar a criança a contar quantos objetos tem de cada cor e pedir para a criança a registrar a quantidade do seu modo (usar palitos, fazer bolinhas e tracinhos, etc.). O adulto deve valorizar o registro da criança, incentivando-a e apoiando-a neste momento.