12/AGOSTO
Olá crianças e famílias!
Que bom encontrar vocês outra vez!
Esperamos que gostem das brincadeiras que preparamos para esta semana.
Desliguem as telas e aproveitem os momentos de diversão!!
BEBÊS
BERÇÁRIO
CHÃO, MEU LUGAR PREFERIDO!
Materiais:
Edredon ou qualquer outro material que proteja do piso frio.
Construção:
Coloque o edredon ou o outro material escolhido sobre o chão e disponha alguns objetos, que não precisam ser brinquedos, como um pote de sorvete, rolos de papéis, um retalho de tecido colorido, que aguçam a curiosidade do bebê. Aproveite esse momento para acompanhar as conquistas de seu bebê, pois a presença de um adulto neste momento é imprescindível. É importante colocar o bebê deitados de costas no chão, para que facilite o movimento autônomo deles.
Uma ótima alternativa para bebês hipotônicos, com Síndrome de Down, por exemplo, são estes momentos no chão. Para o melhor manuseio dos objetos, o adulto pode colocar o bebê em uma posição confortável para ele, como por exemplo de bruços em dois travesseiros ou duas toalhas enroladas (formando rolinhos) para garantir maior apoio durante a proposta. O apoio pode ser retirado de acordo com as respostas do bebê, permitindo que ele fique cada vez mais livre e autônomo para explorar movimentos e objetos de forma segura.É fundamental que o adulto esteja atento durante toda a realização da proposta.
Selecione brinquedos coloridos ou sonoros que chamem a atenção. Posicione-os no campo de visão do bebê, fazendo com que ele estique suas mãozinhas para pegar o objeto, apoiando o fortalecimento da musculatura do pescoço. É importante que o objeto fique acessível e, em casos de bebês com alguma deficiência ou comprometimento motor, pode-se colocar o brinquedo em suas mãos para que ele o explore com maior autonomia e segurança.
LATA DE FITAS
Materiais:
1 lata de leite ou de outro produto que tenha tampa (vazio e limpo),
2 tampas para o objeto escolhido,
Fitas coloridas ou barbante.
Construção:
Remova o fundo da lata para colocar a outra tampa plástica. Faça vários furos espalhados nas duas tampas da lata de leite, de acordo com a largura da fita ou do barbante. Os pedaços de fitas coloridas devem ser passados pelos buracos em direções diferentes, tendo um nó em cada ponta para não ultrapassar de um lado para o outro. Certifique-se de colar bem as tampas e cuide também para que não fiquem abas perigosas, caso a lata seja aberta. Se for um pote de plástico, todos os lados podem ser aproveitados e furados para passar a fita.
Para os bebês com hipotonia (diminuição do tônus muscular e da força, ou seja, dificuldades em manter sua cabeça ereta, assim como outras partes do corpo, como braços e pernas) ou mesmo com algum comprometimento motor, o adulto pode auxiliá-los com o seu próprio corpo, colocando-os entre as suas pernas e deixando-os em posição confortável (sentado com apoio). Para proporcionar mais estabilidade ao bebê enquanto manuseia a lata de fitas, pode-se também utilizar uma calça de tecido encorpado com enchimento de espuma, dando maior autonomia para o bebê explorar o que está ao seu redor.
LIVROS, INTERAÇÃO E DIVERSÃO: UM CONVITE À IMAGINAÇÃO
Conversar com a criança é uma forma prazerosa de interagir com ela e uma das maneiras de ampliar o desenvolvimento de sua oralidade é contarmos histórias.
Organizando um ambiente bem aconchegante dentro ou fora de casa - no quintal, no quarto, na sala - propiciamos à criança momentos em que ela tenha contato com as palavras, conheça outras culturas e possa participar do rico universo contido nas páginas dos livros.
Quando lemos para uma criança ou para o bebê, podemos utilizar variações na entonação de voz, colocar uma roupa diferente ou um chapéu, caminhar pelo espaço, dividir a história em trechos, para que todos da família participem deste momento. Também podemos permitir que a criança explore o livro.
Enfim, a leitura é muito importante em todas as idades. É por meio dela que podemos viajar sem sair do lugar.
Vejam essa sugestão de história:
CRIANÇAS BEM PEQUENAS
GRUPO 1 • GRUPO 2 • GRUPO 3
CAIXA DE LUZ
As crianças pequenas têm um olhar investigativo sobre o mundo. Ao observarem as coisas que as cercam, elas estabelecem muitas relações e analisam como a sua ação interfere e modifica os ambientes em que estão inseridas. Desse modo, a caixa de luz pode ser uma rica experiência para essas investigações, pois permite que as crianças possam explorar as relações entre luz e sombra.
Materiais:
Caixa de papelão (média ou grande)
Pisca-pisca (sugestão: as lâmpadas de Led são mais seguras, têm menor risco de aquecer o papelão)
Tesoura
Fita adesiva
Papéis (Kraft, pardo, cartolina ou papel de presente)
Construção:
A construção da caixa deve ser realizada pelo adulto, pois exigirá o manejo de uma tesoura com ponta e também do pisca-pisca. Se você conseguir encontrar uma caixa grande, na qual a criança possa entrar dentro, a brincadeira pode ficar ainda mais divertida! Caso você não encontre uma caixa, é possível adaptar a proposta utilizando um lençol como cabana e, em seguida, pendurar nele o pisca-pisca.
Escolha uma das laterais da caixa para realizar os furos com a tesoura. Cuide para que os furos sejam do tamanho da lâmpada, para que ela possa ficar bem encaixada nos buracos.
Depois de realizar todos os furos, comece a encaixar as luzes. Após finalizar essa etapa, prenda os fios do pisca com fita adesiva. Se quiser, você pode fazer um acabamento com papel, para que os fios não fiquem aparentes.
Para crianças não verbais (TEA - Transtorno do Espectro Autista e com outras deficiências), o adulto pode atuar junto dando significado às ações, permitindo que elas tenham livre acesso para explorar, o que pode favorecer a escolha autônoma ao longo da proposta. As crianças também podem somente observar a caixa. A participação do adulto poderá acontecer em caixas maiores, pois desse modo ele pode entrar nela, incentivando a brincadeira.
A criança com baixa visão poderá participar com o apoio do adulto que, ao observar sua reação, encontrará a melhor maneira de posicionar a luz ou ajustá-la (diminuir, aumentar, contrastar).
Como estratégia para as crianças com algum comprometimento motor, é importante a presença do adulto bem próximo a elas, auxiliando-as em seus movimentos e deslocamentos.
VAMOS DESCOBRIR O OBJETO NA MEIA?
Materiais:
Meias
Pregadores
Barbante (ou material similar)
Objetos pequenos (Ex.: miniaturas de brinquedos, pentes, colheres, tampinhas de garrafas etc.).
Construção:
Para brincar de encontrar o objeto na meia, é necessário fazer um varal com o barbante (ou material similar) e amarrar na maçaneta da porta, no encosto da cadeira ou em qualquer outro móvel que permita que a criança alcance. É possível utilizar também um varal de chão.
Coloque um objeto em cada uma das meias e pendure-as no varal, utilizando o pregador.
Desenvolvimento:
Pedir que a criança feche os olhos e, com as mãos, toque as meias, tentando descobrir quais são os objetos escondidos. Depois disso, a criança troca os objetos que estão nas meias e o adulto, com os olhos fechados, vai tentar identificá-los. Quem acertar mais objetos ganha a brincadeira.
Ampliar a variedade dos objetos torna a brincadeira ainda mais desafiadora.
Para as crianças não verbais (TEA – Transtorno do Espectro Autista – e outras deficiências), o adulto pode dar voz às suas ações e atuar junto.
Para crianças com algum comprometimento motor, o adulto pode auxiliá-las nos movimentos, permitindo que interajam de acordo com suas habilidades.
Benefícios:
Esta brincadeira, ao propor que a criança tente descobrir qual é o objeto escondido, contribui para a ampliação das suas experiências sensoriais. Por meio delas, pode desenvolver também a oralidade e a vivência de situações comunicativas ao informar o que identificou dentro da meia.
SELF SERVICE
Materiais:
Mesa
Prato
Talheres
Recipientes com os alimentos.
Construção:
Organizar a disposição dos recipientes com os alimentos sobre a mesa, de maneira que a criança possa alcançá-los com autonomia. Se necessário, aproximar uma cadeira para que a criança suba (sob a supervisão do adulto) e possa servir-se.
As crianças com algum comprometimento motor podem utilizar talheres adaptados (pode-se, por exemplo, engrossar os cabos dos talheres com EVA) ou solicitar que o adulto sirva seu prato com o alimento de sua preferência.
Desenvolvimento:
Convidar a criança a servir-se no momento de refeição, apresentando os alimentos e o utensílios. Conversar com a criança sobre a quantidade que irá colocar no prato, orientando quando necessário. Deixar que ela pegue os alimentos sozinha, mesmo que alguns pequenos "acidentes" possam acontecer, como por exemplo derrubar um pouco do caldo do feijão. É importante que o adulto tranquilize a criança quanto à "sujeira", explicando que faz parte do desenvolvimento da autonomia no momento de servir-se.
Benefícios:
O momento de alimentação envolve aprendizagens, afetividade e desenvolvimento da autonomia da criança. Com o self-service, ela vivencia possibilidades de aprender a se servir, escolher os alimentos de sua preferência, ajustar a quantidade de alimento às suas necessidades e experimentar novos sabores.
CRIANÇAS PEQUENAS
GRUPO 4 • GRUPO 5
ESCRAVOS DE JÓ
Materiais:
Objetos de fácil manuseio, como tampas de garrafas, copos plásticos, potes de iogurte, pedrinhas, brinquedos (os objetos utilizados pelos jogadores podem ser de formatos e cores diferentes).
Construção:
Os participantes da brincadeira formam um círculo, sentando-se no chão ou ao redor de uma mesa. Cada participante da brincadeira deverá ter nas mãos o objeto escolhido que será passado de uma criança ou adulto para outro(a) que estiver ao seu lado, seguindo a letra e o ritmo da música.
Antes de começar o jogo, no caso de não conhecer a brincadeira, será necessário que os participantes ouçam a música “Escravos de Jó”, prestando atenção no ritmo e nos movimentos que estão relacionados a ela.
Para iniciar a brincadeira, todos os jogadores começam a cantar a primeira parte da letra da música - “Escravos de Jó, jogavam caxangá” - com o objeto escolhido anteriormente, segurando-o com a mão e passando para o jogador que está ao seu lado direito.
Os jogadores deverão seguir ao comando, de acordo com a letra da próxima parte da música - “Tira, põe, deixa ficar” - , ou seja, tirar, pôr e deixar o objeto na mesa ou no chão.
O objeto é passado novamente para o próximo jogador, cantando duas vezes a parte da música que diz “Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue za”.
Ao cantar “zigue zigue za”, cada jogador permanece com o seu objeto ainda na mão, sem soltá-lo. O participante somente vai passar o objeto para o próximo jogador quando cantar a última palavra -“za”.
A brincadeira se repete até que um dos jogadores erre o movimento com o objeto, sendo então, eliminado do jogo.
Sugerimos iniciar a proposta cantando bem devagar até que todos se apropriem do ritmo e da letra. É possível aumentar o desafio, acelerando o tempo da música. A brincadeira também poderá ser executada em sentido contrário, ou seja, colocando o objeto à frente do jogador que estiver à sua esquerda.
Para crianças com deficiência visual, é indicado que sejam dois jogadores sentados frente a frente, soltando o objeto das mãos apenas quando a letra da música falar “Tira, põe, deixa ficar”. Inicialmente, a movimentação do objeto durante a música será “para frente e para trás”, sem soltá-lo. Se necessário, o objeto pode ser adaptado de acordo com as especificidades de cada criança.
Para crianças que tenham mobilidade reduzida, como paralisia cerebral, com menor controle motor sobre os membros superiores, sugerimos que alguma pessoa dê apoio para passar o objeto para ela, fazendo junto o movimento.
A BONECA ABAYOMI
Materiais:
Retalhos de tecido na cor preta
Retalhos de tecido estampado
Fitas de cetim
Tesoura.
Construção:
Para iniciar a proposta, assistam ao vídeo da contação da história africana, que é repleta de carinho e amor, presentes no modo de viver deste povo. A boneca recebeu o nome de Abayomi, que significa, naquela cultura, "Aquela que traz felicidade".
Para fazer a boneca, vejam o segundo vídeo com todos os passos da confecção da mesma.
Benefícios:
A roda de história é um momento em que as relações estão permeadas pela afetividade. É uma proposta que amplia o vocabulário e estimula a imaginação, fazendo a criança sonhar.
A leitura de histórias permite que a criança possa conhecer a forma de viver, pensar e agir de outras culturas, como também seus costumes e comportamentos.
Desenvolvimento:
Pensando no momento em que a família está reunida, propomos a história da boneca Abayomi, que faz parte da cultura africana. Originalmente, ela é uma bonequinha feita de retalhos de tecido preto, usando nós e sem costura. Não possui olhos, nariz ou boca e serve de amuleto para proteção das crianças da tribo africana.
Para ouvir a história e construir a boneca, escolha um ambiente da casa em que os materiais para a confecção possam ficar expostos.
Um adulto da família inicia o conto e, simultaneamente, vai confeccionando uma pequena boneca com os retalhos. Desta forma, a personagem vai tomando forma e dando vida ao texto. Enquanto isso, a criança aprecia a escuta atenta e participa da confecção da boneca, alimentando a imaginação e despertando o prazer pela leitura. Após finalizar o conto, ofertar a boneca para a criança e convidá-la a brincar livremente e, se quiser, contar a história à sua maneira.
O MAPA DA MINHA CASA
Materiais:
Para a história: livro de história “Os três porquinhos”, “João e Maria” e/ou Cachinhos Dourados (as histórias podem ser pesquisadas na internet ou mesmo contadas por alguém que sabe o texto de memória);
Para o registro: folhas, lápis grafite, lápis de cor, canetinhas ou giz de cera;
Construção:
Escolha um ambiente aconchegante e tranquilo para contar uma das três histórias sugeridas. No decorrer da história, converse sobre como são as casas dos personagens e como é a casa em que a criança mora.
Convide a criança a percorrer os cômodos da casa onde vive, observando suas características e contando quantos eles são.
Registro:
“Vamos desenhar a nossa casa?”
A criança pode fazer um mapa da casa, com os cômodos que fazem parte dela ou desenhar a frente da casa. Depois de desenhar, ela também pode contar quantos cômodos há na residência e escrever o nome de cada um. É necessário valorizar as produções das crianças, como o desenho, a contagem dos cômodos e a escrita, compreendendo que os registros são parte de um processo e que, neste momento, eles podem ser realizados de uma maneira não convencional (diferente da produção do adulto).
Logo depois, incentive a criança a escolher uma caixa ou pasta para guardar a sua produção.
Para as crianças com algum comprometimento motor ou que não falam (crianças com TEA-Transtorno do Espectro Autista), o adulto pode atuar incentivando a participação dela, respeitando o seu tempo, buscando enriquecer a brincadeira através da ótica da imaginação. Sugerimos colocar uma música de fundo para criar um clima tranquilo e dar início à história previamente escolhida.
Antecipar as ações e as próximas etapas contribui para deixar as crianças com TEA mais envolvidas na proposta. É importante utilizar comandos curtos e objetivos nas orientações, supervisionando o passo a passo da brincadeira e inserindo os combinados. Se possível, tire uma foto de cada cômodo da casa e de sua fachada, convidando a criança para ajudá-lo nessa etapa. Nomeie os lugares, sinalizando que "essa é a cozinha", "aqui é a sala", etc. Depois disso, o adulto pode baixar as fotos no computador e apresentar para a criança, despertando a curiosidade e o interesse.
Pensando nas crianças com algum comprometimento visual, o adulto pode utilizar alguns recursos facilitadores e/ou acessórios adaptados para realizar o desenho do mapa da casa, de acordo com a necessidade da criança: lápis de cor jumbo, lápis 4B ou 6B (que têm o grafite mais escuro), borrachas adequadas (que não deixem borrões) e caneta permanente,além de suportes contrastantes (folha laranja com bordas pretas ou folha branca com bordas coloridas ou pretas). É fundamental encorajar a criança a percorrer os espaços da casa, reconhecer a posição dos móveis e onde estão dispostos os acessos às áreas externas. Permita que ela aproxime de seus olhos o material de leitura, utilizando, se for o caso, uma prancha inclinada (que pode ser confeccionada com papelão, como sugerido no vídeo abaixo e verificando o melhor ajuste de posicionamento e postura.
O mais importante é que todas as crianças participem à sua maneira, aproveitando cada etapa da proposta e interagindo com a família.